- Você não existe! - eu disse a ele, mas ele não queria aceitar.- Eu existo sim. - ele respondeu, confiante.- Não, você não existe.- Eu existo sim.- Você não existe! - gritei.- Eu existo. - ele gritou.- Não! Você não existe. - o tom de minha voz assustava.- Sim, eu existo. - ele sussurrou, meio confuso. Seu rosto estava prestes a desmoronar.Eu parei de falar, de gritar, de tentar fazê-lo entender.Ele foi embora.Um mês depois ele voltou. Colocou a cabeça para dentro do quarto e desapareceu quando eu o vi.Eu o mandei entrar e ele ficou parado na porta me observando.- O que você quer? - eu perguntei, mas ele não respondeu.Continuei embaixo dos lençóis, me escondendo para ele não ver.Ele puxou o lençol e o jogou contra a parede do outro lado do quarto. Eu me sentei na cama e vi seu rosto, sorrindo.- Eu existo. - ele disse. - Sempre estive aqui, mas você não me via.- Eu sei. - eu disse, me lembrando dos momentos em que senti que ele estava ali. - Você nunca vai sumir, não é?- Não. Eu sempre vou existir. Pra você.E eu acordei.
Existe ou não existe? No fundo, eu sempre soube que sim.
Existe ou não existe? No fundo, eu sempre soube que sim.
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Me fascine se for capaz.