Ela tinha um desejo. Gostava de se sentir provocada. Ela gosta de ter na boca a massa quente e pulsante do corpo dele. Gosta de te-lo chicoteando seu rosto para que quase implore que a percorra. Gosta da mão dele que marca forte seu quadril. Gosta da língua trépida e faceira lambendo seus vãos, seus inteiros, suas somas e metades, abertas, suas, nuas. Gosta dessa mistura de cheiros e gemidos. Gosta do poder que ele exerce sobre ela, e sem a conquista, essa coisa meio vadia. Momento que a decência peca por invejar a luxuria. Caprichos, troca de vaidades, encaixes, mãos, pés, braços, embaralhados, transpirando. Corpos que vão dentro e fora dos próprios corpos, descobertas entre alguns sorrisos calados e outros suspiros entoados. Gozo. E depois... Em outras trocas de provocações, parecer ser mais insinuantes. Ela finge que não quer, ele encena que a desdenha. E, quando então a proposta vence as teias, eles se alcançam. Se lambem, comem, lambuzam. Ainda há muito para se amar.
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Me fascine se for capaz.