Os grilos da minha alma nunca cessam de cantar.

É um barulho ensurdecedor a noite inteira e, tem um clima especifico de morte. É um tormento. Atrapalha a minha poesia e agita os meus planos. Sem sossego algum, pego o diário azul, que há muito não saia da ultima gaveta do armário sem graça; mas o que devo escrever? Eu não saio de casa á semanas. Mas não precisa ir para lugar algum para sentir saudades, portanto, escrevo sobre a saudade que estou de Maria. A saudade que também nunca cessa. As linhas tortas são de acordo a altura do cantar do grilo. Esse cri-cri-cri infernal me tira totalmente do sério e borra as minhas letras. Logo eu que não tenho as letras tão belas. Maldito grilo, roubou meu sono e a minha tranquilidade. Deixou-me apenas com uma puta dor de cabeça e um vazio enorme na alma.

oxigenio-dapalavra


A gente se perde
no sumiço
do outro.