Meu bem, eu tenho textos e mais textos que denotam o meu amor e a minha entrega a você mas, por ventura, não tenho seu corpo em cima do meu, sua boca estalando minha paz, seus ombros servindo de maré para meus desesperos. E eu tenho te falado nas minhas conversas de bar, nos meus assuntos casuais, na minha força de ir e enfrentar o mundo. Levo teu nome à minha frente, como proteção, porque preciso me salvar e te salvar de alguma eventual guerra daqueles que não sentem as pernas bambas, a boca seca e as mãos suadas. E mesmo que os textos de alguma forma nos salvem morreremos de culpa por amar tão repentinamente os gostos pela saudade, pela distância, pelos vazios, pelas faltas, pelas suposições, e assim até a eternidade - como um tiro no coração.
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Me fascine se for capaz.